A crise da fusão

Graça e paz, amadas.
Percebi que não postei todos os estudos que fiz durante o tempo em que ministrei o curso Mulher Única na Igreja Batista Getsêmani - Missão Buritis em 2014. E, como as postagens relacionadas ao livro sempre têm bastante acesso, resolvi compartilhar o restante dos estudos para que vocês possam ter acesso a todo o conteúdo.

A CRISE DA FUSÃO -
Todos temos necessidades sociais e biológicas, bem como quatro desejos fundamentais que buscamos satisfazer: ser, procriar, pertencer e possuir.
O casamento pode vir a ser a experiência mais próxima do céu ou do inferno que podemos vivenciar na terra. A vida não é algo que tenhamos escolhido, ela simplesmente nos foi dada. O casamento é uma das escolhas da vida. Casar é decidir a quem "pertenceremos" e quem irá nos "pertencer". Esse pertencer exige uma fusão de dois em um. Preservar o seu "ser" ao mesmo tempo em que nos permitimos "pertencer" a outra pessoa cria uma tensão na vida, especialmente se as expectativas iniciais forem frustradas pelas circunstâncias do momento.

Quando uma mulher mostra submissão, assumindo o sobrenome do marido ao se casar, torna-se incumbência do marido dar-lhe uma identidade que ela tenha prazer em assumir. Cristo dá identidade, segurança e estabilidade à igreja, O marido, por meio do amor, deve dar o mesmo à esposa. As nossas decisões dependem do entendimento daquilo que há por trás das nossas próprias atitudes, motivações e sentimentos.

No namoro, a mulher vê sob a ótica do ideal. Mas na lua de mel encontra o real se chocando com o ideal. Ela sonha com um marido idealizado, mas casa-se com um homem real. As decepções da vida não acontecem por causa daquilo com que nos deparamos (a realidade) mas sim devido ao que esperávamos encontrar (o idealizado). A lacuna entre os dois determina o grau de decepção que iremos experimentar, e fechar essa lacuna é essencial no processo de "unir-se" a outra pessoa. A resposta para cada necessidade e problema está na palavra de Deus.

Fundir-se em uma "unidade" no casamento, satisfazer os desejos e as necessidades  é um trabalho que dura a vida inteira. O padrão da imaturidade é a inconsistência e a recusa em assumir a responsabilidade pelas próprias ações. O amadurecimento é um processo que se dá durante a vida toda. A maturidade exige compromisso; o cumprimento de compromissos promove a maturidade. O egoísmo é uma característica da imaturidade infantil. A crise é um período temporário de pressão que tem fim.  O casamento não é a única área onde a crise da fusão ocorre. As fusões empresariais, por exemplo, podem ser boas ou más no mundo dos negócios, dependendo das motivações e dos propósitos dos envolvidos no processo.

Uma mulher que se casa tendo propósitos que envolvam segundas intenções ou manipulações pode se tornar maligna em sua motivação. Jezabel manipulava o marido, o rei Acabe. No casamento deles não havia crise de fusão, mas uma série de crises originadas pela recusa dela em se fundir ao marido. As mulheres têm influência sobre os homens, e as vezes têm  poder sobre eles. O que Jezabel e a mulher de Portifar tinham em comum era o espírito "destruidor" (Tiago 5:16)

Muitos homens têm sido diminuídos em sua masculinidade por mulheres cuja capacidade de engano os leva à distração, que leva ao desvio, que por fim, leva à destruição. Essas mulheres "se fundem" no casamento, nas igrejas, no ambiente profissional e nas organizações religiosas com o único intuito de alcançar os próprios objetivos. Por onde passam deixam um rastro de feridas, mágoas, divisões e destruição. A crise delas não é de fusão, mas de recusa a se fundirem de fato. O casamento é uma decisão. Unir-se é uma decisão. É decisão de cada um que irá determinar se o resultado será a glória ou a vergonha. O casamento ainda tem de ser trabalhado dia a dia para que o relacionamento amadureça e seja bem-sucedido.

Precisamos aprender/escolher a orar, a se comunicar com o marido e a confiar em Deus para que tenhamos resposta das nossas orações. Uma situação sem esperança pode se tornar uma grande bênção em sua vida. As crises são normais e Deus nos faz atravessar o que é transitório para nos levar ao que é permanente. Sem esforço de sua parte, o casamento nunca dará certo. Colocar toda responsabilidade sobre os ombros do marido não é submissão; é uma forma de se esconder. A esposa tem de assumir a sua parcela de responsabilidade no casamento. Os ajustes na vida a dois são mais difíceis quando os recém-casados têm ideias preconcebidos de como as coisas devem ser. Seja paciente. Lance seus fardos sobre o Senhor. Peça a ajuda dele nessa situação.

A medida que for desenvolvendo um espírito mais tolerante e perdoador, provavelmente seu marido se sentirá mais à vontade para compartilhar as próprias necessidades, dúvidas e medos com você. Cultive essa atitude de perdão, e deixe Deus usar esse tempo para purificá-la e refiná-la. Assim você poderá se tornar a maravilhosa auxiliadora que Deus planejou que fosse, uma esposa e mãe cujo marido e filhos respeitam e honram.

Aleluia! Oro para que todas vocês, mesmo as que já possuem uma longa trajetória de vida a dois,possam entender o propósito do casamento  e atravessar a "crise da fusão" entendendo que uma das escolhas mais importantes das nossas vidas, o casamento, será a experiência mais próxima do céu que possamos ter, em nome de Jesus. Tenham todas uma semana abençoada!!

Em breve eu volto com o tema: Auxiliadora ou Obstáculo?

Com carinho,
Jéssica Rodrigues