domingo, 3 de dezembro de 2017

Religiosidade

Graça e paz, queridas. Há alguns dias tenho pensado sobre como a religiosidade tem afastado as pessoas do propósito. Entendemos que hoje em dia existem vários tipos de religiões, ao qual podemos definir como diferentes crenças e posturas. O protestantismo, por exemplo, surgiu através dos protestos que Martinho Lutero, no século XVI, iniciou contra algumas práticas da igreja católica. Dentre as práticas, pode-se destacar adoração de imagens, o celibato, as missas em latim, a autoridade do papa.

Para os protestantes, a salvação é conseguida por meio da bondade e da graça de Deus. Ou seja, não há necessidade de um intermediário para se relacionar com Deus, diferentemente da fé católica, a qual diz que o único método para obter a salvação é a partir dos sacramentos  realizados por intermediação de pessoas santificadas (padres, bispos, etc.).  O Brasil, e outros países, adotaram o termo "evangélico" para substituir o polêmico termo "protestante".

Vou partir da análise da religião protestante para indagar algumas questões que me deixam preocupada. Se na bíblia diz que Jesus veio para nos tornar livres;
"Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres" (João 8:36)
"Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Portanto, permanecei firmes e não vos sujeiteis outra vez a um jugo de escravidão"(Gálatas 5:1)
Então, porque o evangelho pregado em muitas igrejas/templos está aprisionando o povo de Deus?

Quero contar uma breve história que aconteceu comigo para ilustrar a religiosidade.

Bom, meu irmão e cunhada tentaram ter um filho por quase 5 anos, ela tinha inúmeros problemas que a impediam de gerar um filho naturalmente. Eles fizeram três fertilização in vitro sem sucesso (durante esse processo eles ficavam hospedados em minha casa - em Belo Horizonte), eu acompanhei de perto a angústia dos dois e orava muito pelo favor de Deus. Quando eles se preparavam para começar o tratamento pela quarta vez, eles foram surpreendidos com o resultado do exame beta HCG positivo, aleluia. A gravidez foi de alto risco mas tudo correu bem. Meu irmão me convidou para ser madrinha do filho dele. Apesar deles seguirem a religião/doutrina espírita, e eu ser evangélica, eles queriam agradar a família e batizá-lo na igreja católica. A princípio eu recusei o convite, pois não queria me submeter ao curso e rituais que são obrigatórios. Porém, ao recusar, meu coração se entristeceu, fiquei arrasada por ter que recusar o convite que envolvia um milagre vivo. Conversei com meu pastor/esposo e ele me disse para eu me despreender daquilo que estava me aprisionando - a RELIGIOSIDADE. Ele me abençoou  para aceitar o convite, e  apesar de ter que me submeter ao curso, eu deveria filtrar as coisas boas e não absorver o que iria contra a minha fé. No dia 22/10/17 eu segui o ritual da igreja católica e batizei o pequeno Caio, isso não diminuiu a minha fé, não fez de mim uma pessoa pior e muito menos envergonhou o Deus que eu sirvo.


Enfim, quando falamos de liberdade em Deus, logo lembramos de 1 Coríntios 6:12 "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine". Uma forma simples de saber se algo convém ser feito, avalie se aquilo agradará ou entristecerá o coração de Deus. Se não for algo que deixará o nosso Deus triste, faça. Seja livre! Seja livre da religiosidade, amém? 

Para fins de curiosidade, fiz questão de pesquisar o significado das palavras religião e religiosidade:
RELIGIÃO: 1. crença na existência de um poder ou princípio superior, sobrenatural, do qual depende o destino do ser humano e ao qual se deve respeito e obediência; 2. postura intelectual e moral que resulta dessa crença.
RELIGIOSIDADE: 1. qualidade do que é religioso; 2.tendência para os sentimentos religiosos, para as coisas sagradas; 3. conjunto de escrúpulos religiosos ou de valores éticos que apresentam certo teor religioso.

Deus abençoe cada uma que leu esse post. Em breve eu volto falando aquilo que o Senhor tem ministrado ao meu coração.

Com carinho,
Jéssica Rodrigues